quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Não se contente com pouco




Como não poderia deixar de ser, o Flamengo sofreu, a vitória contra o fraco Potosí e a classificação foram suadas e todos ficaram com os dedos cruzados até o apito final, mas agora tá feito, missão cumprida e nós estamos de verdade na Libertadores 2012.

Apesar de o adversário ser de um nível técnico bem inferior, a vaga na fase de grupos ficou ameaçada pela enorme confusão que se passa dentro do Flamengo nesse início de ano.

São diretores brigando entre si, diretores brigando com o técnico, técnico perdendo o controle sobre os jogadores e principalmente sobre o craque do time, a presidente perdida no meio disso tudo e sofrendo pressão da oposição, pois é ano de eleição.

“Flamengo é Flamengo”.

Essa frase, dita por Ronaldinho Gaúcho quando chegou, tem um sentido muito mais amplo do que o que ele quis dar a ela. Essa frase resume tudo isso pelo que o Mengão está passando, porque isso é mesmo Flamengo, infelizmente, mas é.

Entra presidente, sai presidente e a má gestão continua. Jogadores não recebem, funcionários não recebem, o patrocínio máster não chega, contrata-se mal, vende-se mal e tudo que acontece vaza para a imprensa que adora criar ou aumentar os problemas do clube.

A briga política dentro da instituição é intensa e nunca para, só piora, quando as eleições se aproximam. Todas as decisões demoram a ser aprovadas, quando o são, o dinheiro que chega, as propriedades do clube e seu enorme apelo comercial são mal aproveitados e ninguém faz um planejamento pra resolver isso, cada um cuida exclusivamente de seus interesses e ninguém cuida de verdade do Flamengo.

Dentro da mesma administração um jogador é contratado por um Diretor e o seu sucessor não quer pagar o compromisso assumido pelo outro. Não existe um projeto definido de evolução, de profissionalização, não existe continuidade, ninguém termina o que o outro começa, é um desencontro total.

E é esse desencontro, essa desorganização conveniente para muitos, que segura o Flamengo, que o impede de ser ainda maior do que já é, de ser tão grande quanto a sua torcida.

O texto era pra ser sobre o jogo, mas o jogo ta resolvido, o Flamengo está na fase de grupos da Libertadores, o Luxa está no comando, e agora é se preparar para brigar pelo título, porque a Nação não merece menos do que ver esse time lutar até o fim e com todas as forças.

Mas mesmo se ganharmos tudo o que disputarmos, ainda vai faltar muita coisa. Está na hora de pensarmos mais a longo prazo, e não protestar só até o time voltar a vencer, se classificar ou ganhar um título. Quem é Rubro-Negro de verdade tem que se movimentar contra esses males que destroem o Flamengo de dentro pra fora.

SRN!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Missão dada é missão cumprida!


Thiago Neves: "O CARA" dos clássicos esse ano, promete o melhor para o final.


Infelizmente dia 04 de Dezembro de 2011 não vai ser o dia do Hepta, mas todos já sabíamos que esse dia seria decisivo. Não porque nós podemos vencer nosso freguês maior mais uma vez e colocá-los, como fizemos tantas outras vezes, no segundo lugar mais alto do pódio. Mas porque é nesse dia que decidiremos nossos planos pra 2012.

Nesse Domingo o Flamengo não joga pra tirar o título do Vasco, pois o Vasco não tem título que possa ser tirado, eles estão em segundo e lá vão permanecer como é de seu feitio. O Flamengo joga para garantir a vaga na Libertadores e de quebra ganhar o bônus de cantar o famoso “ vice de novo” mais uma vez.

O Brasileirão desse ano nós deixamos de ganhar principalmente em razão da falta de dedicação, de comprometimento e de raça de nossos jogadores, justamente o que não se pode faltar em quem defende essas cores e essa torcida.

O time, claro, tem muitas deficiências técnicas e táticas, além de outros fatores extra-campo que sempre atingem o Flamengo, mas isso nunca foi empecilho quando o time estava fechado com a torcida e com os princípios básicos do Rubro-Negrismo.

Não deu pra colocar o sétimo troféu nacional na nossa abarrotada coleção, mas depois da vitória suada sobre o nosso Vice do Sul, a classificação ficou próxima e devemos cobrar pelo menos isso dos caras que fizeram corpo mole durante todo o segundo turno.

Agora é a hora do time recuperar sua estima perante a torcida e principalmente recuperar sua honra. E nada poderia ser melhor do que um clássico com gostinho de decisão para isso, é nessas horas que se separa o “joio do trigo”, ou seja, agora que veremos quem tem sangue na veia e merece continuar tendo o privilégio de jogar no Mengão.

Tem que dar o sangue e mostrar que este vale alguma coisa. Tem que fazer cara feia, estufar o peito e botar medo nos discípulos de Seu VICEnte. Porque é de conhecimento geral que quando o Fuderosão entra de cabeça erguida e na pilha de decidir a qualquer custo, os adversários tremem, tentam disfarçar a “água quente” que lhes escorre pelas pernas e acabam entregando a paçoca.

Quando o Flamengo joga como Flamengo ninguém segura, muito menos o Vasquin que só de olhar pras cores vermelha e preta já tem crises de desistência, a exemplo do Juninho que tomou o terceiro amarelo pra não ter que ir trocar o calção branco no meio do jogo com o Brasil inteiro assistindo.

Não dá é pra esperar show de bola, o jogo vai ser pegado e nem o nosso malabarista mor, Ronaldinho, vai conseguir arrumar muita firula. O negócio é jogar na Raça, chegar duro, dar bicão pra frente, principalmente quando a bola chegar perto do Wellington, e cavar um ou dois golzinhos lá pra depois curtir o desespero dos vascaínos.

Os torcedores do bacalhau, aliás, já estão se borrando por todos os lados para onde se olha. Seja na rua, no buteco ou na internet, o que se vê são cenas de total desespero e falta de controle, que vão de demonstrações nada convincentes de confiança a sujeitos vestidos com camisas brancas de faixa preta pulando do oitavo andar, trajes esses de inacreditável mau gosto pra quem está indo dessa pra uma melhor.

A nossa missão é simples: acabar com essa tortura de uma vez e assegurar nossos 95% de chance de conquista do Mundial de Clubes 2012. E para quem veste o único e verdadeiro “Manto-Sagrado” com dignidade e Raça “missão dada é missão cumprida Senhores”.   

SRN!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Qual é o nome da música?

 
                                                              
                                                            

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre!"


Rondinelli o Deus da Raça, exemplo de quem sempre honrou as cores do Flamengo dentro de campo.


Quando esse ano começou, todos os Rubro-Negros estavam cheios de esperança depois do terrível ano de 2010. O elenco ia ser repaginado, contrataram Ronaldinho e Thiago Neves, mantiveram o Luxemburgo e tudo parecia estar indo bem.

As nossas expectativas cresceram quando os meninos da base doutrinaram geral na Copinha e trouxeram o primeiro caneco de uma temporada que prometia muitos. No Carioca o time sofria para jogar bem, mas ia vencendo e rapidamente já comemorávamos as conquistas das taças Guanabara, Rio e do Estadual.

A invencibilidade do Mengão caiu enquanto nós ainda comemorávamos nosso 32º título regional, diante do fraco Ceará, e lá se foi a chance de trazer mais uma Copa do Brasil além da vaga pra Libertadores. Tudo bem, tudo certo, o negócio do Flamengo é ganhar Brasileiro, vamos em busca do Hepta.

E começamos o nacional capengando até que o time se acertou e pareceu que o Luxa havia finalmente conseguido colocar a rapaziada nos trilhos. Degustamos cada segundo daquela virada histórica contra o Santos na Vila e vivemos mais algumas rodadas de uma alegria empolgante.

Enquanto ríamos do medo que o Bonde do Mengão estava colocando na vida dos nossos adversários e tirávamos onda com a nossa campanha sem nenhuma derrota até ali, o time foi entrando na nossa pilha e esquecendo que as vitórias dependem também do suor deles em campo. O resultado foi uma derrota humilhante para o Atlético-GO em casa.

“Tá tranqüilo, uma hora o Fla tinha que perder mesmo”. Foi essa a frase que todo o Rubro-Negro disse naqueles dias por várias vezes. Mas o time foi só caindo de produção, e não conseguia reagir. Nós culpávamos o Deivid e Wellington e a cada jogo íamos assistir com a esperança de que o time do primeiro turno retornasse e vencesse de novo.

Mas foram dez jogos sem vitória até o jogo contra o América Mineiro, ganho na base do abafa. A esperança de outra arrancada nos encheu o peito e continuamos acreditando em um ano perfeito com uma arrancada para o Hepta como a que nos levou ao Hexa.  E até ganhamos jogos difíceis contra o São Paulo e o Flor. Mas aquele time do jogo contra o Santos nunca mais voltou.

O Flamengo veio para esse final de campeonato alternando resultados positivos e negativos e a torcida também revezava entre momentos de alegria e certeza de que seríamos campeões e outros momentos de tristeza e revolta.

A torcida chegou até a achar que a culpa era sua pelas atuações inconsistentes dos jogadores. Fizeram uma campanha que, pelo menos a mim, comoveu. O time então goleou o Cruzeiro em casa e manteve a luz do Hexa acesa no fim de um túnel que parecia não tão distante. Nos animamos de novo. A expectativa para o jogo contra o Coritiba era de vitória para emplacar, mas perdemos com uma atuação vergonhosa.

Contra o Figueirense na última Quinta foi a gota d’água, um time que, apesar do nosso apoio e da nossa confiança nele, não jogou como Flamengo. Um time que poderia estar vestindo uma camisa listrada de preto e branco com uma estrela solitária no peito, de tão sem sangue nas veias.  

O nosso camisa 10 sumiu, não agüenta o peso da responsabilidade e não merece o peso de uma camisa que foi usada por Zico, Pet e muitos outros craques que davam a vida dentro de campo. Não jogou nada, recebeu um lançamento perfeito do garoto Thomás e se atrapalhou todo dentro da área. Bateu uma falta displicentemente no final que se fosse cobrada com um mínimo de concentração poderia ter nos dado a vitória e os três pontos.

O Flamengo para o ano que vem vai precisar de outra reformulação, esse time (tirando raras exceções) não tem compromisso nenhum com o escudo que eles defendem, com os trinta e cinco milhões de corações que torcem por eles e nem com as famílias deles, que com certeza esperam mais do que o que eles estão mostrando em campo.

Muitos já passaram pelo Flamengo, vários fizeram historia, dezenas foram craques do futebol, outros tantos não eram tão habilidosos e nem tinham talento acima da média com a bola. Mas todos os que escreveram o nome na gloriosa história do Mengão tinham respeito pela torcida, pela história do clube e, principalmente, eles tinham RAÇA!

Encerro aqui um desabafo sobre um time que mostrou apenas lampejos de Flamengo. Que venha 2012, com Libertadores ou não, mas com um time realmente Rubro-Negro!


SRN!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Te amo meu vascão

Roberto Dinamite e Hélio Ricardo, colunista do SUPERVASCO.COM

VASCO-POEMA
Autor: Hélio Ricardo

Vasco,
Dos caixeiros e mulatos
Dos negros rejeitados
Suburbanos do povão 

Vasco,
Dos padeiros e pedreiros
Lusitanos, brasileiros,
Força e miscigenação 

Vasco,
De Roberto e de Romário
Levantou São Januário
Contra a discriminação 

Vasco,
Da estrela radiante
Da torcida extasiante
Do Maracanã-vulcão 

Vasco,
Dos meninos da Colina
Aprendizes desta sina
Que é amar teu pavilhão 

Vasco,
Põe a garotada em campo
Bota o preto no branco
E a faixa de campeão 

Vasco,
Mostra a cor da tua raça
Deixa um negro erguer a taça
Honra tua tradição 

Vasco,
Não tiveste preconceito
Cruz-de-malta sobre o peito
Negritude pé no chão 

Vasco,
Pra manter acesa a chama
Mais do que Vasco da Gama
És o Vasco da paixão! 

Vasco, 
És paixão que não se explica
Tudo passa, o Vasco fica
Vivo em nosso coração!